O tricampeonato invicto em 1979

O tricampeonato invicto em 1979

Em 1979 houve uma mobilização muito grande para recuperar a campanha ruim no Gauchão, quando o Internacional ficou em terceiro lugar. E foi difícil montar uma equipe, porque qualquer jogador que o clube colorado estivesse interessado custava o dobro do que poderia pagar. A torcida, revoltada, jamais poderia imaginar o que viria a seguir. O Inter deu uma incrível volta por cima e trilhou um caminho que jamais foi repetido por qualquer time do Brasil – foi novamente campeão brasileiro, pela terceira vez e sem perder um jogo, invicto.
             Em pé: João Carlos, Benitez, Mauro Pastor, Falcão, Mauro Galvão e Cláudio Mineiro.
      Agachados: Valdomiro, Jair, Bira, Batista e Mário Sérgio.
Muitos jogadores foram trazidos de outros estados e até mesmo do Exterior. Entre eles estão Benitez, Cláudio Mineiro, Bira e Mário Sérgio. Mas somente no Campeonato Brasileiro é que a torcida veria a verdadeira força da nova equipe, que não lembraria nem de perto o time que disputara o Gauchão do mesmo ano. O Inter do técnico Ênio Andrade disputou 23 partidas na competição e não foi derrotado em nenhuma. Os colorados puderam comemorar o título inédito para clubes do Brasil: Campeão Brasileiro Invicto, feito que jamais foi igualado até hoje no nosso futebol.


Torcida colorada no Beira-Rio na década de 70
Era incrível. Os adversários entravam em campo sabendo que seriam derrotados pelo time vermelho. O rival Grêmio também se rendeu, e foi derrotado por 1 a 0, com um gol de falta cobrada por Jair. Mas muitos outros caíram diante do time do Beira-Rio. Entre eles, o temido Palmeiras do técnico Telê Santana, que foi batido em pleno Morumbi por 3 a 2, numa partida exuberante de Falcão. Em Porto Alegre, foi só garantir o 1 a 1 e esperar o Vasco da Gama na final.

No jogo de ida, no Rio de Janeiro, foi a vez do reserva Chico Spina brilhar: o atacante marcou dois gols que praticamente deram o título antecipado ao Inter: 2 a 0. Faltava apenas um jogo para a torcida comemorar o tricampeonato.


Falcão ergue a taça do tricampeonato brasileiro
Finalmente, no dia 23 de dezembro, em um Beira-Rio pulsante, o Internacional se sagraria campeão. Mais uma vitória sobre os cariocas, desta vez por 2 a 1 com gols de Jair e Falcão. A terceira estrela estava posta, brilhante e orgulhosa, no peito de todos os colorados!


Inter 2 x 1 Vasco da Gama23 dezembro de 1979, no Beira-Rio

Internacional: Benítez; João Carlos, Mauro Pastor, Mauro Galvão, Cláudio Mineiro; Batista, Falcão, Jair;Valdomiro (Chico Spina), Bira e Mário Sérgio. Técnico: Ênio Andrade
Vasco: Leão; Orlando, Ivan, Gaúcho, Paulo César; Zé Mario, Paulo Roberto (Xaxá), Paulinho (Zandonaide); Catinha, Roberto e Wilsinho. Técnico: Oto Glória.
Gols: Jair, Falcão (I) e Wilsinho (V).
Árbitro: José Favilli Neto.



Campanha invicta em 1979

23 jogos
37 pontos ganhos
16 vitórias
7 empates
0 derrotas
40 gols-pró
13 gols contra
Saldo: + 27

Falcão: o grande ídolo da nação vermelha

Ele apareceu no time principal do Internacional em 1973, vindo dos juniores do Clube. Foi promovido por Dino Sani com apenas 18 anos. Depois disso, Paulo Roberto Falcão praticamente eternizou a camisa cinco colorada. Foram três títulos brasileiros e vários gaúchos, o que lhe redeu convocação para a seleção brasileira e até transferência para o Exterior – defendeu a Roma.



Falcão: craque da conquista
da terceira estrela




O mestre da conquista: Ênio Vargas de Andrade
O mestre que levou o Internacional até a conquista do tricampeonato brasileiro, Ênio Vargas de Andrade, o Ênio Andrade (foto), por pouco não teve sua história ainda mais glorificada no Clube. Em 1980, Ênio levou o Inter até a final da Copa Libertadores de América. O Colorado ficou com o vice-campeonato, perdendo para o Nacional por 1 a 0, porém, isso não diminuiu a trajetória vitoriosa de um técnico que fez história no Beira-Rio.


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